quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Sete lágrimas de Yemanjá- genu Souza Duarte- primeira Agulha Ismênia.





imagem da internet



Dos olhos meigos e mansos
de nossa Mãe Yemanjá,
sete lágrimas rolaram
para as dores aliviar
sete rosas desabrocharam
na Terra de Santa Cruz,
prelúdio de muitas curas
em nome de Cristo Jesus".
As filhas da cachoeira de Pai
Zé Pedro
e Pai João na Era dos Oito
sofrida,
do tempo da Escravidão
eram servos de Jesus
na Terra formar,
com muita dor e tristeza
a raiz do mestre jaguar.
Janaína, sinhazinha, bela flor
que perfumava, dava
assistência
aos negrinhos que na senzala
choravam;
o luxo, a riqueza, não a
fizeram feliz
e abandonou tudo, tudo pra
os pretos velhos seguir.
Jurema e Juremá viviam
grande
aflição pois sentiam todo o
peso dos grilhões da
escravidão. Janaína, janara,
Iracema, Iramar da terra
sofreram
as dores pra sua origem
voltar;
jamais desanimaram, pois
tinham fé no senhor que não deixa
em desamparo o filho que
tem amor
nas noites enluaradas se
reuniam
 a cantar, pedindo a Deus
proteção
pras forças não lhes faltar.
Hoje nos chegam do céu
envoltas
em lindo fulgor e conduzem
com carinho ao Mestre
Doutrinador;
são as princesas das águas
que hoje vem nos guiar;
são as sete gotas caídas
dos olhos de Iemanjá.

Sigamos, pois, meus
irmãos
o exemplo vivo e feliz destes
que nos precederam
 para formar esta raiz.


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