sábado, 6 de outubro de 2012

Amores que fazem sofrer... o que fazer?


                  ilustração não original da publicação
Relações tóxicas.
Por Wanderley Oliveira- terapeuta Master e Practitioner em PNL
autor de 22 livros psicografados
Palestrante Espírita-BH/MG

Muitas vezes, permanecemos em uma relação que não amadurece. O que marca uma relação tóxica é que ela necessita ser reciclada e tratada, seja por qual caminho for.

Tóxico é tudo o que sufoca, que intoxica, que produz efeitos nocivos.
relações tóxicas são aquela nas quais foram construídos elos de afeto no início do relacionamento e que não estão mais nos proporcionando crescimento e amadurecimento. A tal ponto chegam os conflitos da relação que transformam esse afeto em em relacionamento doentio, pesado, com riscos de se tornar destrutivo.
Devemos distinguir "relações tóxicas" de "relações destrutivas". A convivência sempre que difícil, pode intoxicar a relação em algum momento e nem por isso deixa de ser educativa.
Relacionar é um aprendizado contínuo e enquanto existe crescimento é natural que haja desafios e labirintos que vão testar nossos valores e desenvolver nossas qualidades. Por sua vez, as chamadas relações destrutivas, não só não ensejam crescimento, como ainda tornam possível acontecimentos e contextos que podem ser trágicos e traumáticos.
para ampliar as nossas reflexões digamos que, quando as relações difíceis não se harmonizam nos pontos de conflitos mais graves, caminham para um relacionamento tóxico, mas são ainda possíveis de investimento pessoal e emocional, e, portanto, recuperáveis. Quando as relações tóxicas não se encerram ou reciclam, caminham para os relacionamentos destrutivos. A sequência do desenvolvimento dos relacionamentos podem ser nessa ordem, dependendo da história de cada criatura.

Observe os sinais.

Vejamos algumas características pertinentes à intoxicação d uma convivência.
Sensação de sufocamento, pois no relacionamento uma das partes se anula, e não consegue se tornar e ser ela mesma;
Dependência emocional, submissão, autoritarismo;
Desrespeito aos princípios básicos de uma relação saudável;
Viciação de hábitos corretivos que não obtém resultados satisfatórios;
Frequentes contextos de mágoa;
orgulho em não pedir ajuda especializada e fora do relacionamento para a sobrevivência da coexistência harmoniosa;
Ausência de diálogo que é o sintoma capital de como a convivência não anda bem;
Presença de disputa;
Indiferença como tentativa de melhora da relação;
As relações tóxicas podem envenenar casamentos, sociedades comerciais, famílias. centros espíritas e todo o tipo de convivência humana. Quando se atinge esse nível de dificuldade, que não levam a lugar nenhum, sem buscar a superação dos desafios de crescimento que elas propõe, a experiência de convier se transforma em desgaste e peso. Quando algum aspecto de relação se intoxica entre duas pessoas é porque há um ciclo ou vários ciclos de aprendizado que não se fecharam ou foram mal resolvidos, gerando sofrimento.

Não se acomode!

Para quem partilha a visão do espiritismo, há um componente nesse assunto que merece ponderação: ao entrar em um ciclo de intoxicação e convivência, muitos espíritas atribuem tais desarmonias a causas do passado reencarnatório e adotam ilusória de resignação, como se a situação fosse um dia fosse resolver por automatismo.É como se a pessoa tivesse que passar pela experiência m função de algo que fez em outra vida. Eis uma análise muito perigosa, por dois motivos:
1º) Essa forma de entender costuma levar à acomodação de esperar a hora em que a provocação de quem sofre neste tipo de relacionamento se extinguirá, como se isso tivesse completamente fora do âmbito de sua escolha e decisão. Nessa visão, a pessoa se acomoda e aceita a dor imposta por outrem.
2º) Essa acomodação impede o indivíduo de lançar um olhar para o presente, nublando e limitando as chances dos envolvidos na toxidade da relação, de perceberem a que aprendizado estão sendo chamados, qual o objetivo daquele momento de sofrimento e como dele sair.
Existem relações tóxicas que não tem outro caminho a não ser a ruptura, porque correm risco de se tornarem destrutivas. outras nao necessitam de ruptura, mas de reposicionamento para que se recupere sua condição educativa. Enfim o  que marca uma relação tóxica é que ela necessita ser reciclada e tratada, seja por qual caminho for.
Sejamos práticos na forma de analisar o assunto. O que intoxica ua relação é a nossa incapacidade em lidar com o que acontece dentro de nós, a partir de uma convivência. São os sentimentos que orientam ou desorientam a nossa conduta. O analfabetismo a respeito de nossa vida emocional possibilita uma série de efeitos nocivos à arte de amar e se relacionar. Sem lucidez sobre o que fazer com o ciúme, a inveja, a malquerença, o desejo, a tristeza, a mágoa, a antipatia e outras tantas emoções, fica muito escassa a chance enriquecer  nosso conviver e expressar nosso amor com grandeza e liberdade que gostaríamos.
Algumas vezes, a pretexto de fidelidade ao amor, princípio máximo de nossa doutrina, e bem intencionados no ideal de superação e crescimento, permanecemos em relações que não avançam ou amadurecem, sem saber como lidar com tais vivências desgastantes. O amor é mesmo uma meta, contudo, para que o apliquemos também a nós, teremos que admitir a quem e como damos conta de amar agora, respeitando nossos limites, solicitando ajuda, nos esforçando em direções diferentes daquelas que não apresentam resultados satisfatório para a melhoria de condições de uma convivência. A isto chamamos de reciclagem.
Publicado na Revista Cristã de Espiritismo-ed. Minuano Ano XII- ed.99.

Um comentário:

  1. Salve Deus!!
    Irmã uma grande lição, tenho um colega que vive essa situação.
    Mostrei essa mensagem a ele, ele chegou a chorar..Abraços!

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