terça-feira, 16 de julho de 2013

Mestre Caldeira: desencarne.

Foi realmente muito triste. Dias antes do desencarne, os comandantes pediam que se vibrasse em favor do Mestre Caldeira. Divulgou-se que o mesmo estava em situação crítica no Hospital de Base de Brasília por consequência de uma trombose na perna.
Foi realizado um Trabalho de Randy em favor e era possível ver a comoção de todos os presentes, o que demonstra o enorme prestígio que o Adjunto Yumatã tinha perante o Mestrado. Também era possível ver o Grande povo que comandava se desdobrando em trabalhos que buscavam emanações positivas que o alcançasse no leito de dor.
Na véspera do desencarne, o Comandante, no encerramento do 1º intercâmbio, pediu, mais uma vez, vibrações em favor do mestre Caldeira e concluiu: " Meus irmãos, O Mestre Caldeira não está mais ruim não; ele está péssimo. Seu estado piorou demais. Peçam a Deus por ele, mas sem negociação, para que seja feita a vontade de Deus e o que for melhor para ele." Era possível perceber a densa energia que nos cercava. Muitos e muitos desequilibrados mentalmente apareceram vagando pelo Vale, entrando e saindo do templo, andando pelas ruas, um com uniforme de Doutrinador, com gestos incoerentes e palavras desconexas. Parecia que algo acontecia do outro lado e nos atingia a todos. Porém o Trabalho incessante continuava. Incorporações sofridas. Centenas de pacientes encarnados e desencarnados esperavam atendimento... No dia seguinte, de hora em hora ouvia-se a sirene. Houve o desencarne! Os Trabalhos foram suspensos. Os médiuns pouco a pouco se recolheram no silêncio e o entorno do Templo se esvaziou. As dezenas de Prisioneiros da Espiritualidade maior pararam de recolher seus Bônus... tudo era tristeza.
O corpo foi velado dentro do templo.Os Mestres em honra e guarda e a família entristecida. No caixão, o Mestre vestido com seu uniforme trazia um semblante sereno; Filas enormes de jaguares e pacientes se revezaram para a última homenagem e muitas pessoas chegavam a cada momento, vindas de todos os lados, em grupos ou sozinhas. Nunca pensei em ver o vale do Amanhecer tão triste sem as indumentarias das Ninfas, sem o vai-e-vem de mestres, sem os mantras.
Pela manhã cedinho fui ao Templo. O corpo ainda estava lá. Seria transportado para uma Capela. O último adeus ainda era dado por muitos. Logo um carro chegou para transportar o corpo; muitos jaguares dentro e fora do Templo. Homenagens. Uma comovida Prece do Simiromba. Muitos chorava. Na saída do caixão, aplausos, muitos aplausos; Muitos diziam: "Salve Deus". Muitos choravam.
À tarde um ônibus especial chegou para transportar os que quisessem assistir ao enterro. Mestres sem suas armas... tristeza... silêncio cortado pelo triste toque da sirene... Os ensinamentos de caldeira transmitidos de boca em boca, relembrados. Alguns contavam histórias sobre ele. Um jaguar garantia que, na última Reunião do povo Yumatã, o Ministro o advertiu sobre o perigo da cirurgia...
Pouco a pouco os Trabalhos começaram. Como disse nossa Mãe Mentora: quem tem a missão de enxugar as lágrimas alheias não tem tempo para enxugar as próprias lágrimas... o Templo foi se enchendo de gente, Mestres e pacientes.
Neste instante vi tantos que se consideravam órfãos espirituais de um Grande Adjunto e percebi que este sentimento vai permanecer por muito tempo. Neste momento eu pensei : "Foi-se o Homem, fica o exemplo." SALVE DEUS,

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