quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Natal no Plano Astral







O Natal Daí e daqui- pelo Espirito Irmão X

Vozes altissonantes anunciavam, nas esquinas ,que o Natal havia chegado. Mercadores clandestinos ofereciam, em pregões, buigangas a preço de liquidação.
Maia adiante um vendedor de bilhetes da loteria, matrapilho, gritava que a sorte grande estava ali, nas suas mãos, estampando na fisionomia uma expressão de esperança enganosa. Ele, que vivia na miséria, apregoava milhões no simples girar de uma esfera.
Perto dali, o jovem jornaleiro anunciava o crime do dia. mais além, em torno de um tripé, no qual se dependurava uma panela, meninos uniformizados, ao som de uma sineta e ao toque de um pistão, executavam NOITE FELIZ implorando ajuda para os pobres. O povo passava alheio, apático, apressado, imerso em seus problemas.
Era véspera de Natal, dia festivo para muitos e de tristeza para outros. raros os que se lembravam na proximidade desta dta, a celebração do nascimento do Cristo entre os homens.
O enviado de Deus viera à Terra  para ensinar o caminho da libertação, o roteiro da paz, a  da perfeição. Mas, naquela esquina, como em toda a parte ninguém via no Natal a data máxima da cristandade, o marco de sua renovação moral e espiritual.
No coração dos homens, aquele era um dia comum.
Não havia paz nos espíritos.
Á exceção da sineta que tilintava em frenesi, o que se ouvia era o mercadejar, as buzinas desordenadas, os gritos dos jornaleiros, a respiração ofegante dos que corriam na busca incessante do dinheiro.
Os espíritos conturbados, as mentes preocupadas, os corações vazios.
Em muitos, sentia-se  rancor, o ódio, a luxúria, a vingança, a inveja, o desejo, a vingança. Era véspera de natal na Terra.
No mudo espiritual se comemorava, também a vinda do Cristo ao mundo dos homens.
Aqui, à semelhança da Terra, existem ruas, praças, jardins, largas avenidas, por onde os espíritos, de mãos dadas, transitam irmanados em longos passeios ao por de sol.
A cidade em que me encontro é igual a tantas outras, distante da atmosfera terrestre, onde, em novos estágios depois da desencarnação, os espíritos prosseguem no aprendizado necessário `evolução.
As ruas, os jardins estão sempre floridos, em eterna primavera, deles exalando um doce e  suave perfume que inebria as almas. Incontáveis matizes de luz colorem o céu, as ruas é entrecortado apenas pelo riso cristalino dos espíritos felizes que se encontram e se cumprimentam.
Não se ouve o burburinho dos comerciantes, dos vendedores de loterias, o azucrinar incessante de pregoeiros. Não se vêem mendigos, nem mães aconchegando ao seio desnudo  crianças famintas.
Homens , mulheres e crianças, olhos resplandecendo de luz, em largos sorrisos passam de um lado pra outro, cada qual com uma tarefa de amor fraterno a cumprir.
Na praça, um grupo de espíritos, envergando alva túnica, entoa canções de Natal. Via-se, de longe, que de suas cabeças nimbadas de luz, reflexos dourados. De suas roupagens, cintilavam estrelas . A melodia suave, quase em surdina, subia ao infinito, luminosa, em meios-tons, em espirais de luz., lembrando diamantes multicoloridos. 
Findo o cântico, juntaram-se a eles outros espíritos, seguindo todos para um templo, cuja porta luminosa, ostentava um letreiro: Bem aventurados os puros de coração.
Entraram, sentaram-se em longos bancos, nos quais já se encontravam centenas de almas reunidas, em prece. Do alto da cúpula, penetrando por um zimbório de cristal, parecendo escoar-se entre nuvens luminescentes, a luz opalina banhava-os,envolendo-os num manto de luar.
Em alguns instantes surgiu a figura de um Venerado Mestre; ele tinha a barba prateada e os olhos resplandecentes, que irradiavam amor  e bondade.
Com sua voz suave e melodiosa, ergueu os braços e pronunciou sentida prece. Ao final, dirigindo-se à assembleia, exortou:
_ Glória a  Deus nas alturas e paz a toda a Humanidade!
Comemora-se aqui, meus irmãos, como na Terra, o surgimento do Cristo como enviado do Pai. Cumpre, entretanto, a nós, que ja deixamos o mundo da matéria, render a ele nossas homenagem e espírito e verdade.  
Elevemos, pois, o nosso pensamento ao Mais Alto, para que se inundem nossos corações da luz divina que o Mestre prodigalizou aos que fazem do amor e da caridade o roteiro de sua ações. Cultivemos, meus irmãos, o espírito de Natal acendendo em nossos coração a luz do Evangelho, para que, um dia, possa reinar, entre os homens, a paz que aperfeiçoa e liberta.

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