quinta-feira, 29 de maio de 2014

LAMENTO DO AMOR CIGANO, JUREMA



Oh, alma de minha vida, sou cigana!
Não posso te amar!
Sou herdeira de poeira distante
das tribos nômades do Oriente.
Nao posso te amar!
És apenas um ser que não conheces a estrada
e se perde nos caminhos...
Não te banhastes nas chuvas, nem nas águas doces dos rios!
Oh, alma de minha vida, sou cigana!
Não posso te amar!
Sei manejar o punhal e domino o fogo
leio os textos das estrelas
e as linhas da Vida.
E tu, nada mais és do que um brilho fulgaz na minha mente
que me traz uma alegria inconsequente
um amor que não se explicar...
... mas, não és cigano:
não posso te amar!

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