sexta-feira, 13 de julho de 2012

PAJEZINHO: um historia verídica!






O texto que você vai ter contato, aconteceu recentemente e comprova que  a mediunidade é espontânea e nasce com o ser humano. O que importa é que cada um saiba como usar este Dom que vem de Deus, se para o Bem ou para o Mal. Também é importante ler este texto para entender porque é tão importante a freguência das crianças ao templo ou pelo menos em contato com a religiosidade para que estes pequenos médiuns não se consumam e se percam por falta de orientação e conhecimento. Salve Deus


Naquele dia chegamos ao Templo para um mutirão para pequenos reparos e pintura. Ao chegarmos, não fomos recebidos com o calor de sempre pelos "moradores": três cães que la apareceram há uns dois anos e foi por ali foram ficando. Branquela, Negrão e Encardido sempre nos recebiam com muita alegria porque sempre trazíamos alimento para eles. Naquela manhã, porém, apenas Negrão e Encardido apareceram, cabisbaixos, abanando a cauda sem entusiamo. Senti falta da Branquela, espécie de "líder" do grupo, que, quando chegávamos, nos recebia com pulos e lambidas; no seu entusiasmo, não raro, me arranhava e tenho até cicatrizes do exagero dos seus carinhos. Passado alguns minutos e vendo que a cadela não aparecia (quando  ela ouvia o barulho do velho fusquinha, estivesse onde estivesse,  vinha em afobada correria), comecei a me preocupar.
_Gente, cadê a Branquela?- Perguntei.
Neste momento, estava perto de mim E.. E. é um menino que nasceu e está crescendo na Doutrina e tem muito amor por tudo o que diz respeito ao Vale do Amanhecer. Era Mago. Mas, certo dia, disse à Mãe que precisava ser Príncipe. Dá gosto vê-lo com a indumentária: a postura, o comportamento!... Nem parece ter apenas seis anos! sabe todos os Mantras e preces e quantas vezes cobra conduta doutrinária das outras crianças! 
Quando fiz a pergunta, E. me olhou e disse:
_ A Branquela morreu. Ela ficou doente e morreu. Está no Céu.
Pensei que  animal estivesse morto por ali e procurei saber mas não havia nem sinal da cadela.
Todos começaram a ficar preocupados com o que  disse o menino: como ele sabia que Branquela morrera?
_ Coisa  de criança!- Disse alguém.
Após este fato, começamos a trabalhar e o assunto foi esquecido.
De minha parte, estava cada vez mais preocupada: os cachorros não quiseram comer; Encardido, visivelmente deprimido não qus comer nem mesmo os pedaços de frango. E. sentado num banco, estava muito quieto, contrariando suas atitudes quando tem mutirão no Templo, pois sempre é muito atuante e alegre nestas ocasiões. Achando tudo muito esquisito, comentei com meu marido que alguma coisa tinha acontecido e ele foi conversar com E. Com muito cuidado, perguntou a E. quem lhe contara da morte da Branquela e o menino repetiu o que já falara:
_ A Branquela morreu. Ela ficou doente e morreu.
_ Mas, você viu ela morta?
_ Não.
_ E quem te falou que ela morreu?
_  A vovó.
E o menino passou o dia num canto, quieto e pensativo, olhando para o nada, como se estivesse observando um mundo invisível para nós. Ã noite, ele já estava na cama, sempre silencioso. Fui conversar com ele; perguntei se podia ver televisão com ele, ao que respondeu afirmativamente. Estava conversando com ele quando, de repente, sem responder à minha pergunta, cobriu a cabeça. Eu também fazia isto quando era criança e via algum desencarnado. Firmei os olhos, nada vi. Perguntei:
_ Você está vendo alguém perto de mim? Pode falar. Eu também cobria minha cabeça quando tinha a sua idade e via  os irmãos desencarnados!
Ele continuou agarrado no cobertor, segurando-o ao redor da cabeça. Fiquei preocupada porque certamente ele não estava vendo um espírito de agradável visão.
_ Olha, eu vou fazer uma prece e ele vai embora; vai para dentro do Templo para ser atendido, tá bom? Na hora que eu acabar pode olhar e ver.
Fiz o Mantra Universal e quando acabei ele descobriu a cabeça e ficou assim até adormecer. Após três dias de mutirao, sem que a animal aparecesse acreditamos no menino: Branquela está morta.
Ontem, voltamos ao Templo para terminar o serviço. E estava novamente alegre e conversador. À tardinha, sentado num banco, percebi novamente que ele não se mexia,  olhava fixamente para a frente, como se visse algo. Fui para perto dele e fiz uma brincadeira com o Encardido ( que já está comendo) e, cantando levei o cão a fazer movimentos como se dançasse. Isto fez E. rir muito, voltando a este Plano. Alguns minutos de brincadeira, perguntei:
_ Querido, a Branquela morreu mesmo?
Ele balançou a cabeça que sim.
_ Mas, ela foi pro Céu?
Novamente balançou a cabeça que sim.
_ Engraçado- disse- Será que ela virou um anjinho peludo?
Ele me olhou e riu.
_ Será que ela vai ter asinhas?
Ele riu muito.
_ Amor, que falou para você que ela morreu?
_ A vovó.
_ Você viu a Vovó?
_ Vi.
_ Como ela se chama? ela te falou o nome?
Ele não respondeu, mas parecia que sim.
Falei o nome de várias vovós, mas ele não quis mais falar, Percebi que ele encerrara o assunto. 
_ Vamos agradecer ao papai do Céu que permitiu que a Vovó falasse prá nós onde está a Branquela, senão a gente ia ficar muito preocupados, não é?
Ele balançou a cabeça. Continuamos brincando com o Encardido. 

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