segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sob os olhos da Clarividente.

Percurso de uma vida.


Que caminhos percorre um espírito até sua encarnação?
Como tomar decisões corretas dentro da programação cármica?
Onze meses antes da reencarnação o espírito percorre, acompanhado de seu Mentor, o lugar onde viveu suas várias encarnações. Não se trata exatamente de uma viagem topográfica, mas, de certa forma, o itinerário é baseado é baseados nos pontos magnéticos gerados pelas energias cármicas deixadas por ele.
Dentro dessas coordenadas ele escolhe o seu plano encarnatório, a começas pela mãe, o pai, os amigos, e os inimigos que irá ajudá-lo na penosa experiência.
Depois disso ele entra para o chamado sono cultural, enquanto o plano é executado pelos Mentores, entrando no jogo os espíritos encarnados e desencarnados que irão relacionar-se com ele nesta encarnação.
Isto mostra claramente que o livre é que preside todos os atos.Mesmo depois de encarnado quando esquecido da escolha feita, se ele não quiser aceitar as condições que se impôs, ele pode fugir ao cumprimento do programa. Essa fuga entretanto apenas lhe traz mais angústias e transfere os problemas para mais tarde. Mas, o importante é que Deus não tem pressa...
E assim, um Ser Humano nasce em determinado lugar, ele cresce e viaja para outro lugar e pode acabar sua vida em algum lugar bem distante de onde começou. Acaso?
_ Não, não existe acaso na vida humana a não ser na apar~encia sensorial. Atrás de cada acontecimento de nossas vidas, do mais banal ao mais importante, existe sempre um intricado mecanismo cujo funcionamento é mais complicado ainda porque muda a cada momento. essa mudança se opera a cada instante na dependência de nossas decisões. Se a decisão é certa, se está de acordo com o programa traçado pelo nosso espírito, o resultado é bom, nos sentimos em harmonia com o Universo. Se a decisão é errada,, com isso nos contrariamos nosso  destino transcendente, entimos angústia e dor.
O Homem é feliz ou infeliz dependendo de como ive e como estabelece seu sistema de decisões. Naturalmente, a perunta que esta questão suscita de imediato é: como saber o que está certo e o que está errado? mas, este é exatamente o enigma da vida, o desafio evolutivo, o preço da autonomia, do livre arbítrio. Foi talvez essa questão que levou os sábios da remota antiguidade a inscrever nos pés da Esfinge: "Decifra-me ou te devoro" e que levou Francisco de Assis a dizer: " Senhor, dai-me força para tolerar as coisas que não podem ser mudadas; dai-me amor para mudar as coisas que devem ser mudadas e dai-me sabedoria para distinguir umas das outras"
Mas, para sermos bem objetivos, para que posamos realmente saber a decisão certa, a Natureza nos deu um mecanismo de percepção que nos permite saber-qualquer que seja a nossa posição no contexto humano-as coisas da Lei no Plano Físico, as coisas da Lei no Plano Psíquico e as coisas da Lei no Plano Espíritual.
Normalmente, nós estamos habituados a ouvir a voz de nosso corpo e a voz de nossa alma, uma vez que seus reclamos são facilmente discerníveis: eu sei quando tenho fome e sei do que gosto e não gosto. Essas exigências produzem uma pequena dor. Mas temos também que nos acostumar a ouvir a voz de nosso espírito, pois a falta disso nos produz a grande dor. Perder um corpo é um fato natural- não existe corpo eterno; perder a alma também é um fato natural- não existe alma eterna. Mas perder o espírito, tirar a oportunidade de uma encarnação arduamente conquistada é desafiar a Lei em seu aspecto mais amplo, é fato mais grave e mais doído.
Por essa razão que o Grande Mestre Jesus nos deu, de forma clara e adequada, o Sistema Crístico na sua Escola do Caminho, para que pudéssemos ouvir facilmente a voz e nosso espírito.
A propósito é preciso que se diga que o único erro que os exegetas do Cristianismo cometem é de querer interpretar o Evangelho como guia para a alma para o corpo; não Jesus não fala para eles, Jesus fala para o espírito encarnado. O Evangelho tem um aspecto literal, factual e psicológico porque ele é transmitido pelos sentidos, mas o próprio Mestre explicou aos discípulos quando lhe perguntaram: " Mestre, porque é que lhes fala por parábolas?"
Respondeu-lhes Jesus:" A vós é dado compreender os do reino do céu; aos outros porém não é dado. Porque ao que tem dar-se-á, e terá em abundância; mas ao que não tem tirar-se-lhe-á ainda aquilo que possui. Por isso é que lhes falo em forma de parábolas: porque de olhos abertos, não veem e, de ouvidos abertos, não ouvem, nem compreendem.
assim há de se cumprir neles a profecia de Isaías: " Ouvireis e não entendereis; vereis e não compreendereis; por que endurecido está o coração deste povo, tornaram-se moucos os seus ouvidos, e cerraram os olhos; não querem ver com os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, nem converter-se de modo que eu os cure"
Ditosos os vossos olhos, porque veem! e os vossos ouvidos porque ouvem! pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejariam ver o que vós vedes e não viram: ouvir o que vós ouvis e não ouviram".(Mateus13-10/17)

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