sexta-feira, 14 de setembro de 2012

LOUCURA E OBSESSÃO: vale a pena ler!





SALVE DEUS.Tendo em vista o grande número de médiuns ( jaguares ou não) que estão passando pela prova do desequilíbrio psíquico-emocional, em como de tantas pessoas que, não sendo missionários, chegam aos Templos em busca de Socorro para sua dores provenientes da perda do controle mental é bom que tomemos o estudo sobre o assunto. Já fiz postagens sobre fatos recentes envolvendo pessoa de minha família e como o Vale do Amanhecer nos ajudou a vencer a cobrança; provavelmente, farei outras postagens com base na minha experiência pessoal. Mas, agora, chegou a hora de aprofundamento no assunto, buscando fontes diversas e com mais capacidade do que a simples explanação de uma Ninfa.
O texto a seguir é uma cópia da introdução do livro" Loucura e obsessão" na psicografia de Divaldo P. Franco, ditado pelo Espírito de Manoel P. de Miranda.
Manoel Philomeno de Miranda foi um dos precursores do espiritismo no Brasil, contemporâneo de Bezerra de Menezes e atuou sempre em prol desta Doutrina. Agora, desencarnado, continua trazendo conhecimentos, sempre relevantes.
O livro em questão traz a abordagem a partir da observação dos trabalhos realizados em uma Casa Espírita dos motivos ou causas que podem propiciar a atuação dos cobradores e, desta forma, incutir no encarnado a loucura e a obsessão, também demonstra os diversos tratamentos espirituais que são aplicados nos qu sofrem estas formas de influência espiritual.

" No aprofundamento do estudo da etiopatogenia da loucura, não se pode mais descartar as incidências do obsessão, ou predomínio exercido pelos Espíritos desencarnados sobre os Homens.
Constituindo o mundo pulsante além do mundo material, eles se movimentam e agem conforme a natureza evolutiva que os caracteriza.
Tendo-sem em vista o estágio atual de crescimento moral da Terra e , daqueles que a habitam, o intercâmbio entre as mentes que se encontram na mesma faixa de interesse é muito maior do que um observador menos cuidadoso e menos preparado pode imaginar.
Atraindo-se pelos gosto e aspirações, vinculam-se mediante afetos doentios. sustentando laços de desequilíbrio decorrente do ódio, assinalados pelas paixões inferiores, exercem contrição mental e, às vezes físicas, naqueles que lhes concedem respostas equivalentes, resultando variadíssimas alienações de natureza obsessiva.
Longe de negar a loucura e as causas detectadas pelos nobres pesquisadores do passado e do presente, o espiritismo as confirma, nelas reconhecendo mecanismos necessários para o estabelecimento de matrizes, através dos quais a degenerescência da personalidade ocorre, nas múltiplas  expressões em que se apresenta.
Assinalamos, com base na experiência dos fatos, que nos episódios da loucura, ora epidêmica, a obsessão merece um capítulo especial, requerendo a consideração dos estudiosos, que poderão defrontar com o extraordinário campo para a investigação profunda da alma, bem como do comportamento humano.
De Guilherme Griesinger a Kraepelin, a Breuler, desde Pinel a Freud, de Ladislaus Von Meduna a Sakel, a kalinovisky, a Adolf Meyer, passando por toda uma elite de cientistas da psique, sem nos esquecermos de Charcot e Wundt, largos passos foram dados com segurança para a compreensão da loucura, suas causas, sua  terapêutica, abrindo-se espaços para os modernos psiquiatras, psicólogos e psicanalistas.
Não obstante, a doença mental permanece como um grande desafio para aqueles que se empenham na compreensão de sua gênese,, sistematologia e conduta..
Allan Kardec, porém, foi extraordinário psicoterapeuta que  melhor aprofundou a sonda da investigação no desprezado capítulo das obsessões, demonstrando que nem toda expressão de loucura significa morbidez e descontrole dos órgãos encarregados do equilíbrio psicofísico dos Homens, com vinculações de natureza hereditária, psicossocial etc...
Demonstrou que o espírito é herdeiro de si mesmo, dos seus atos anteriores, que lhe plasmam o destino futuro, do qual não se logra evadir.
Provando que a morte biológica não aniquila a vida, facultou ao entendimento a penetração e a solução de verdadeiros enigmas desafiadores, que passavam, genericamente como formas de loucura, loucura, certamente, que são, porém, d natureza diversa do conceito acadêmico conhecido.
Em razão disso o homem não pode ser examinado parcialmente, como um conjunto de ossos, nervos e sangue, tampouco na acepção tradicional dualista de alma e corpo, mas, sob o aspecto pleno e total de Espírito, perispírito e matéria...
Através do Espírito participa da realidade eterna; pelo perispírito vincula-se ao corpo e, graças ao corpo, vive no mundo material.
É o perispírito o órgão intermediário pelo qual experimenta a influência dos demais Espíritos, que pululam a sua volta aguardando o momento próprio para o intercâmbio em que se comprazem.
Quando esses espíritos são maus e encontram guarida que as dívidas morais agasalham na futura vítima, aí nascem as obsessões, a princípio sutis, quase despercebidas, para, logo depois, se agigantarem, assumindo a gravidade das subjugações lamentáveis e, às vezes, irreversíveis..
Quando são bons exercem a salutar interferência inspirativa junto aqueles que lhes proporcionam sintonia, elevando-os às cumeadas da esperança, do amor, facultando-lhes o progresso bem como a conquista da felicidade.
O conhecimento do Espiritismo propicia os recursos para a educaçõ moral do indivíduo, ensejando a terapia preventiva contra as obsessões, assim também, a cura salutar, quando o processo já se encontra instaurado.
Mesmo nos casos em que reconhecemos a presença da loucura em seus moldes clássicos, deparamo-nos sempre com um Espírito, em si mesmo doente, que plasmou um organismo próprio pra redimir-se, corrigindo antigas viciações e crimes que, ocultos ou conhecidos, lhe pesam na economia moral, exigindo liberação.
 Kierkegaard, filósofo dinamarquês, em uma conceituação audaciosa, afirmou que " louco é todo aquele que perdeu tudo, menos a razão.", enfocando o direito que possui o alienado mental, de qualquer tipo, a um tratamento digno tendo sua razão para encontrar-se enfermo.
Nos comportamentos obsessivos, as técnicas de atendimento ao paciente, além de exigirem o conhecimento da enfermidade espiritual, impõ ao atendente outros valores preciosos ue noutras áreas da saúde mental não são vitais, embora a importância de que se revestem. São eles: a conduta moral superior do terapeuta- o doutrinador encarregado da desobsessão-, bem como do paciente, quando este não se encontre inconsciente do problema; a  habilidade afetuosos de que se deve revestir, jamais se esquecendo do agente desencadeador do distúrbio que é, igualmente enfermo, vítima desditosa, que procura tomar a justiça nas mãos, o contributo de suas forças mentais, dirigidas a ambos litigantes da pugna infeliz; a aplicação correta das energias e vibrações defluentes da oração ungida de fé e amor; o preparo emocional para entender e amar tanto o hóspede estranho e invisível, quanto o hospedeiro impertinente e desgastante no vaivem das recidivas e desmandos...
A cura das obsessões, conforme ocorre no caso da loucura, é de difícil curso  nem sempre rápida, estando a depender de múltiplos fatores,, especialmente, da renovação, para melhor, do paciente, que deve envidar esforços máximos para granjear a simpatia daquele que o persegue, adquirindo méritos através da ação pelo bem desinteressado em favor do próximo, o que, em última análise, torna-se em benefício pessoal.
Vulgarizando-se a loucura como obsessão, cada vez mais, e ora em caráter epidemiológico, faz-se necessário, mais generalizado  urgente, um maior conhecimento da terapia desobsessiva, desde que a psiquiátrica se encontre nas mãos hábeis dos profissionais sinceramente interessados e estancá-la.
Como o surto das obsessões está a exigir atenção crescente, reunimos, neste livro, alguns casos que nos convidaram ao estudo, inclusive um de comportamento sexual especial, acompanhando-os em um Núcleo de Sincretismo afro-brasileiro, onde encontramos a presença do amor de Deus e a abnegação da caridade cristã, conforme os ensinamentos de Jesus.
Reconhecendo, porém, a superior missão do Consolador que cumpre ao espiritismo executar, segundo a segura e sábia conduta doutrinária apresentadas nas obras d que Allan Kardec se fez excelente missionário, na podemos negar os benefícios que se haurem em todas as células religiosas de socorro, especialmente naquelas em que o intercâmbio mediúnico e a reencarnação demonstram a imortalidade da alma e a justiça divina, passo avançado para conquistas de sabedoria e de libertação.
Partindo de experiências mais primárias no campo do mediunismo, este abre-se para a iluminação espíritistas, enquanto se tornam celeiros de esperança, espargindo bênçãos necessárias para aqueles qu lhes buscam o concurso.
Agradecendo ao Dr Bezerra de Menezes e aos Nobres Amigos Espirituais., que mourejam, anônimos, ao socorro aos infelizes mais infelizes, que são os alienados pela loucura ou pela obsessão, e os seus algozes,exoramos as bênçãos do Terapeuta Divino, que é Jesus, em favor d todos nós, Espíritos imperfeitos que reconhecemos ser.
Manoel P. de Miranda.
Salvador, 16 de juno de 1986.

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