Há pessoas- diz um amigo meu- que ao rezar o Pai Nosso, costumam dizer venha a nós e, ao nosso reino, nada.
Essas são as pessoas egoístas que pensam apenas em si mesmas e só cuidam da existência do próximo quando esta existência traz, para ele, alguma vantagem.
Esse tipo de pessoa possui os seguintes costumes:
Não dá cartões de natal ou de aniversário em retribuição aos recebidos por amigos a parentes.
Não respondem cartas nem e-mails que lhe são enviados.
Não agradecer por convites feitos para festas ou cerimônias.
Não trocar presentes de natal.
Costuma visitar amigos mas não os convida para visita-los.
recebe favores mas deixa para lá, até mesmo sem agradecer. Quando interrogados sobre a sua insensibilidade diz: eu não pedi nada. Fez porque quis. O mais interessante nesses casos é que essas pessoas têm o seu comportamento muito normal embora as outras pessoas as considerem excêntricas.
Ás vezes eu me lembro das vizinhas de minha mãe no subúrbio de rocha Miranda, onde eu fui criado. As mais chegadas a nossa família tinham por hábito quando faziam um doce ou um salgado de que minha mãe gostava, enviar para ela um prato ou uma tijela com a iguaria. Minha mãe recebia o agrado com gosto e, quando devolvia o prato, colocava nele um quitude que a nossa vizinha apreciava, Minha mãe e as nossas vizinhas sabiam como era bela a arte de dar e receber.
Vamos fechar esse capítulo com a bela frase da oração de Francisco de Assis: é dando que se recebe. Não se deve pensar, porém, que a retribuição venha da parte das pessoas que receberam a dádiva. Neste caso, a retribuição vem de Deus, quem em segredo, tudo vê e, em segredo nos recompensa.
Jornal " Correio Espírita", por José Carlos Leal, p. 15, abril de 2015
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