quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O casal de Capelinos - Mário Sassi

           COMO SÃO OS MORADORES DE CAPELA, SÃO ESPÍRITOS OU SERES FÍSICOS?






           Conforme descrevemos no início, o primeiro contato com os Capelinos foi breve e se passou no interior de uma nave, da qual lhe foi mostrado o Planeta. Isso aconteceu em 1959 e fora um preparo para futuros contatos.
          Em fins de  de 1960, o grupo que se havia formado em torno de Tia Neiva instalou-se como comunidade e´pírita, num lugar chamado Serra do Ouro, p´roximo a Alexânia, a meio caminho entre Anápolis e Brasília. Nesse tempo o grupo já se habituara com o trabalho mediúnico e as relações com os espíritos se processavam normalmente. Incorporações, transportes, vidências, intuições e toda a gama de fenômenos eram rotina na UESB, como se chamava a comunidade.
Neiva não era a única Médium, pois ali todos o eram. dentre eles havia excelentes Médiuns para cada especialidade. Destacava-se a figura de um rapaz chamado Jair, cuja a inconsciência durante o transe permitia o recebimento de mensagens e instruções autênticas.
       Mas, nem Neiva, nem os outros Médiuns tinham conhecimento muito nítido das diferenças entre os planos. para eles existiam apenas o Plani Físico e o Plano Espiritual. Tudo que não fosse perceptivel pelos sentidos era espiritual. Também não se especulava a natureza dos Planos Espirituais. não havia na uesb, tempo ou lazer, face so trabalho exaustivo e contínuo de atendimento aos angustiados e doentes. havia ainda a preocupação n amanutenção das cento e vinte pessoas que ali moravam.
     Neiva trazia consigo a preocupação daquele transporte no qual vira Capela. O fato de ter-lhe sido dito que se tratava de um Planeta' físico" a deixara ansiosa por maiores explicações. Nesse tempo porém ela estava em fase de apendizado e as lições lhe eram ministradas gradativamente. os espíritos ue a assistiam, com quem ela conversava ao natural, se alternavam conforme o ângulo a ser ensinado.
   Certa tarde sentiu-se inquieta sem saber qual o motivo. Em dado momento ela se encaminhou para a encosta de um pequeno morro que limitava o terreno e lá se deitou sobre e relva. Sem sentir os sintomas naturais do transe mediúnico, ela subitamente " viu" uma caverna enorme, como se fosse um enorme arco de pedra e sem fundo. Através dela, Neiva divisou uma extensa planície, iluminada por cores variadas e ponteada por àrvores simétricas. Ela continuava deitada; mas, ao mesmo tempo, sentiu que penetrava naquele quadro.
   Nisso surgiu um casal andando e conversando, parecendo ignorar a asua presença. Neiva perceber que a conversa girava em torno da Terra, seus problemas e sua evolução. Mas, mesmo fascinada pelo que via e ouvia, ela sentia a terra sob o seu corpo, e , na sua tensão, fechou as mãos na relva que a cercava, com plena consciência disso. Como se não bastasse a prova de seus sentidos, ela ouviu seu nome pronunciado por Mãe Nenen, e apressou a responder.
    Mas Nenen a repreendeu por ter saído sozinha e por se arriscar a um resfriado, deitada como estava na terra úmida. Preocupada em não alarmar sua instrutora, ela relatou o que estava vendo, mas esta na sua zanga não deu importância ao que ouvia. Pesarosa, Neiva caminhava ao lado de Mãe Nenen, que a aconselhava cheia de cuidados, Neiva permaneceu olhando o casal que ficava para trás.
   Pelo que vira e ouvira, ela ficara sabendo que os dois eram habitantes do Planeta que lhe fora mostrado um ano antes. A partir desse diam compreedeu melhor a natureza desses seres e percebeu a diferença entre eles e os com quem mantinha contato habitual. os espíritos eram apenas espíritos, mas eles eram seres físicos, relativamente iguais a nós e habitavam um mundo físico muito semelhante à Terra.
      Sua aparção não tinha a dualidade diáfana dos Espíritos e sua emanação produzia um efeito incômodo no seu corpo. Anos depois, foi-nos explicado o mecanismo dessa visão. Trata-se de um processo sutil, mas mecânico, que se liga diretamente ao processo sensorial da Clarividente, produzindo inclusive is incômodos a que aludimos.
     Esse casal não voltou mais. Mas outros t~em-se apresentado, e Neiva hoje conhece uma boa parcela de habitantes de capela. Aos poucos iremos relatando esses contatos e delineando seus processos de comunicação, na medida em que eles nos explicam, iremos descrevendo episódios passados, na proporção que a clareza exija. esse livro está sendo escrito por mim, mas orientado por eles, através de Neiva. Ela e eu somos apenas instrumento, apenas Médiuns.
 Texto extraído do livro"2000 a conjunção de doi8s planos- Mário sassi-p. 49)

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