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Ultimamente tem crescido o número de médiuns que deixar de ir aos Templos por estarem passando por um sofrimento pessoal que os impede de prestar a caridade. E, muitos ficam em suas casas enrolados em suas dores, curtindo o momento de tristeza, como se isso fosse uma coisa normal, como se o sofrimento fosse obstáculo à prática da missão pelo missionário, que tem "o dever de enxugar as lágrimas alheias" e não as suas. Consideram, Salve Deus, que todos e tudo, trazem dificuldades para a jornada que pretendem (ou pretenderam) algum dia seguir.
O Mestre Mário Koshi em uma palestra ensinou que " o nosso maior inimigo, que causa as maiores dificuldades na jornada, somos nós mesmos". Mestre Mário Sassi igualmente falando sobre as dificuldades que enfrentamos afirmou " dor sem sofrimento". realmente, todo ser humano ( e até os não humanos) sofrem neste planeta, porque viemos aqui para aprender e, na maior parte das vezes, aprendizagem está associado ao sofrimento. Por exemplo, para aprender tocar violão sofre-se com as feridas nos dedos, na dor do braço; para aprender a andar de bicicleta, sofre-se com as quedas, os arranhões ( isto para dar exemplos bem básicos). Muitos nada aprendem com a alegria e a felicidade, se limitando a aproveita-las. É pela a doença que aprendemos a nos cuidar, a nos alimentar; é pelo abandono que aprendemos a valorizar os amores e as amizades,etc.
O ser humano sofre desde a hora do nascimento até à morte, embora o sofrimento físicos desses momentos tão distintos sejam diminuídos pelo apoio espiritual. Assim não lembramos do "trauma" de sermos arrancados do ventre de nossa mãe, ainda que o parto que nos trouxe ao mundo seja extremamente difícil e assim ocorre também com os sofrimentos finais da vida, que são amenizados pela atuação dos socorristas. porém, apesar da ajuda, o sofrimento nestes dois momentos extremos existe, em maior ou menor grau.
Ainda acerca do sofrimento é interessante notar que as crianças parecem sofrer menos pelas situações que ocorrem à suas voltas; é como se colocassem dentro de uma casca sólida em meio a uma imensa tempestade. Ao crescermos, porém, esquecemos esta postura o momento doloroso passa a ser uma terrível tempestade contra a qual não encontramos abrigo. Meus irmãos e meus Mestres: é preciso saber sofrer!
Devemos entender que o sofrimento é relativo e o que causa sofrimento em uma pessoa, em outra passa despercebido. Por isto, muitas vezes a pessoa que perde namorado(a), esposo(a) sofre por meses a fio e outras sofrem apenas o necessário. E o que dizer das tantas vezes que buscamos o sofrimento? Quantas vezes sabemos que vamos sofrer e "pagamos pra ver? Intuimos que aquela pessoa não nos trará felicidade e nos envolvemos, sabemos que a droga traz sofrimento e nos viciamos, sabemos que as brigas não são boas e brigamos.
Na verdade o sofrimento, por si, não eleva ninguém espiritualmente e nem faz de ninguém uma pessoa melhor. Não traz sabedoria nem compreensão. O que traz esse crescimento, essa evolução não é o sofrer e, sim, o saber sofrer. Quando o sofrimento, a dor é bem vivida, bem aproveitados, o crescimento vem junto, também a evolução, a paciência, a tolerância, o equilíbrio. É o caso de dois pais que perdem seus filhos tragicamente: um, se fecha no ódio e no desejo de vingança, o que sabe sofrer, funda uma ONG para orientação de infratores; uma mãe que vê o filho morrer tragicamente por dirigir embriagado, uma se revolta e se sente culpada; a que sabe sofrer passa a dar palestras para jovens motoristas sobre o perigo da combinação álcool e direção.
Também é muito importante diferenciar o sofrimento do dissabor. Sofrimento é ato ou fato qu atinge apessoa de forma inexorável: uma doença longa e incurável, um acidente fatal de pessoas queridas, uma violência, etc; os dissabores são pequenas perdas perfeitamente recuperáveis: uma doença tratável e curável, o roubo de um veículo, a perda de emprego, de um namorado(a) ou esposo(a), uma separação.... e devem ser vividos de formas diferentes, senão... sofre-se muito por nada!
Salve Deus.
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