segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Espiritualidade: comprovação científica?

Allan Kardec afirmou que no futuro, religião e fé andariam "lado a lado" e sabemos que, muitos cientistas tem se desdobrado, ao redor do planeta para estudar a espiritualidade, a mediunidade e a fé, pelos diversos motivos que os movem. O texto abaixo, escrito pelo conhecido Leonardo Boff, ex- padre, professor, filósofo e teólogo nos dá uma mostra desta constatação. Contatos com o autor pode ser feito pelo e-mail:lboff@ leonardoboff.com e o original foi publicado no jornal " O Tempo", de 07.09.2012.



Estudos sugerem  explicação para a base biológica na espiritualidade.

 Imagens cerebrais terra, detectado o "ponto de Deus." 

 Assinalamos anteriormente que o espírito representa a dimensão do profundo humano. Espiritualidade que dele se deriva é um modo de ser, uma atitude fundamental, vivida na experiêcia: na arrumação da casa, no trabalho na fábrica, dirigindo o carro, conversando com amigos. De repente, rrompe como que um lampejo d algo mais profundo e inexplicável, É o espírito que se anuncia. As pessoas podem se fazer abertas ara o profundo epara o espiritual. Então, se tornam mais centradas, serenas e irradiadoras de paz. Propagam estranhas vitalidade e entusiasmo porque tê Deus dentro de si. Esse Deus interior é amor, o qual, nas palavras de Dante, no fim de cada livro da "Divina Comédia", "move os céus e as estrelas",- e nós acrescentamos: e nossos próprios corações.
Essa profundidade espiritual, dizem pesquisas científicas, tem uma fase biológica. Realizadas no fim do século XX e conduzidas e conduzidas pelos neuropsicólogos Michael Persinger e Ramachandran, pelo neurologista Terrence Deacon, outrossim por técnicos usando scanners modernos para fazer imagens cerebrais,detectarm oque eles chamaram de "o ponto de Deus no cérebro" ("God spot" ou "God módule").
Pessoas que em suas vidas, deram espaço significativo ao espiritual revelam nos lóbulos frontais do cérebro uma excitação detectável acima do normal. esses  lóbulos são ligados ao sistema límbico,  centro das emoções e dos valores. Aí se dá uma concentração naquilo que tais cientistas chamaram de "mente mística" ("mystical mind"). Tal estimulação do "ponto de Deus" não está ligada a uma ideia  ou algum pensamento objetivo. Ele é ativado sempre e quando a pessoa se sente emotivamente envolvida com o contextos globais que conferem sentido à vida ou quando, de forma autoimplicada, se referem ao Sagrado, a temas religiosos ou diretamente a Deus.
Estudos recentes  apontam que pode haver não apenas uma, mas múltiplas regiões do cérebro estimuladas pela experiência de totalidade e de sacralidade. Isto indica que "o ponto de Deus" pode ser, na verdade, uma "rede de Deus" compreendendo regiões normalmente associadas a emoções profundas  e carregadas de significação. Outros pesquisadores, como Eugene D'Aquile e Andrew Newberg. chamam essa realidade, como temos referido acima, de "mente mística".
Essa mente mística pertence ao processo mais geral, antropogênico-cosmogênico. Ela representa uma vantagem evolutiva do gênero homo. Como externamente somos dotados de um sentido pelos quais aprendemos a realidade através  do ouvido o olho, do tato e do olfato, assim seríamos internamente enriquecidos com um órgão pelo qual captamos o Mistério do Mundo, o quenos faz sensíveis àquela Energia poderosa e amorosa que perpassa de ponta a ponta todo o universo e que subjaz à nossa existência. As tradições religiosas a chamaram de Deus.
Se ela está em nós e nós somos partes do universo, significa, então, que esta inteligência espiritual constitui uma propriedade do próprio universo. Só porque está no universo pode estar m nós. Hoje, faz-se urgente dar realce à inteligência espiritual, porque vivemos numa sociedade entorpecida pelo materialismo e pelo consumo induzido.
A espiritualidade nos ajuda a sair dessa cultura doentia e agonizante. Aintegração da inteligência espiritual com as outras formas de inteligência nos abre para um comunhão amorosa com todas as coisas e para uma atitude de respeito e de reverência face a todos os seres, muito mais ancestrais do que nós.
ilustração da Blogger.

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