domingo, 24 de outubro de 2010

TIA NEIVA, A MUSA DO AMANHECER.- 1ª parte

             


Meus irmão e meus metres, descobri um livro muito bom , de um repórter, que foi entrevistar Mãe Clarividente e nos dará uma boa idéia de como era Koatay 108, sendo que teremos muitsd informaçose releventes.

            De Brasília, chegar ao Vale do Amanhecer não era difícil  e nem demorado, quando lá estivemos pela primeira vez em maio de 1983, bastava pegar a rodovia asfaltada no rumo Norte, dobrar 46 quilômetros adiante defronte da cidade de Planaltina e indagar de qualquer transeunte sobre a loxalização da estrada de terra que dava acesso a Unaí(MG).
           Cinco quilômetros depois existe uma estrada à direita entre dois grandes muros de pedra como se fosse um portão sem grades de uma fortaleza abandonada. E não demora muito para o visiante descobrir que acabou de entrar numa comunidade epculiar, na qual as mulheres caminham nas ruas trajadas com vaporosos vestidos coloridos e os homens usam estranhos uniformes cobertos por capas esvoaçantes de golas altas. N aencosta da montan ha cinza-esverdeada, mque funciona como um  painel ao fundo destaca-se uma mensagem curta em letras grandonas, brancas, que podem ser vistas de longe: SALVE DEUS! è naquele canto do Planalto Central que uma mulher morena miúda, de olhos negros perturbadores de monja e cabelos lisos escuros, exerce um reinado absoluto, sem qualquer contestação. O nome dela; Neiva Chaves Zelaya, mais conhecida por Tia Neiva, a santa do Vale do Amanhecer.
   A uns cem metros após a netrada, uma improvisada lanchonete de madeira com uma tosca Rodoviária chama a atenção em meio à arborizada alameda de chão batido, seguida de pequenas casas de alvenaria. Espalhadas em volta, construções exóticas compõe o cenário surreaaista: o gigantesco templo que tem no portal um Jesus de 12 metros de altura disputando hegemonia com pPai Seta branca( guia espiritual). Maia acima a estrela candente que fica no sopé  de uma pequena, á beira de um lago em formato de estrela elevação em formato de u,ma estrela com a pirâmide branca do faraó TutanKamon e uma avantajada imagem de Iemanjá destacando-se no conjunto de símbolos complicados para a compreensão do forasteiro que acabou de chegar. Na primeira esquina há um feio casarão de madeira, parede baixa pintada de azul conhecida como casa Grande, mas que não tem nada que faça lembrar as construções do mesmo nome que constituem na única referência arquitetônica das fazendas tradicionais do Brasil colonial.

 -Salve Deus, rapazes! Fizeram boa viagem?
 o homem que nos recebe à porta é um sessentão de boa aparência, dono de uma fala mansa, educada, trajando calças marromm , sapatos pretos, camisa preta com pequenas cruzes amarelas na parte alta das mangas- o que dá imponência à indumentária, contrastando com o seu jeitão simples. reconhecemos a mesma voz que nos atendeu ao telefone no dia anterior, ocasião em que nos deu o sinal verde, a mim  e ao fotógrafo  Givaldo Barbosa , do Correio Brasiliense, " para ver, ouvir fotografar o que quiser e conversar livremente com qualquer pessoa das duas mil que moram ali, inclusive consultar as centenas de mediuns que comparecem todos os dias para trabalhar como sacerdotes da Ordem espiritualista  Crsistã do Vale do Amanhecer".
  Estamos diante da maior autoridade, depois da Tia Neiva, daquela entidade esotérica que tinha ali dois mil moradores e cerca de oito mil fiéis iniciados distribuídos em 20 templos espelhados em vários pontos do país( dados de abril de 1983, quando lá estivemos) e que já havia sido alvo de reportagens publicadas na Eurpoa e no Japão: Primeiro Mestre Sol Tumuschy que tem carteira de indentidade com o nome de mário sassi, 61 anos, nascido na capital de São Paulo. No transcurso de meia hora, enquento nos acomoda numa modesta casa de sala e quarto, na qual ficaremos hospedados por um semana ou pelo tempo que acharem necessário, arrancamos de Sassi a sua Odisséia pessoal, incluindo a origem do anelão de pedra escura na mão direita:
_ Nem sei que pedra é essa. Quem me deu não me disse. Só sei que este anel tem um revestimento de aço por dentro que isola qualquer energia ruim que venha contra mim.
   casado com tia Neiva há cinco anos, lembra que a conheceu em 1975 quando se encontrava à beira do suicídio" vivendo uma série de problemas gerados pela insatisfação esopiritual. E a passagem do homem rico que largou tudo para seguir Jesus se repete em Brasília, na pessoa do publicitário paulista que ganhava bom dinheiro como assessor de Imprensa da UnB, n a qual ingressara em 1961 como funcionário e aluno de Ciências Sociais, mas resolvera isolar-se como monge no Vale do Amanhecer, casando-se três anos mais trade com a fundadora daquela Ordem:
_ Além de salvar minha vida, Neiva resume para mim  tudo o que eu procurava espiritualmente, casamento que aconteceu à primeira vista, muito antes da nossa união de marido e mulher. Por isso eu a chamo de Chefe com o maior carinho, porque hoje, além de esposa ela é minha chefe espiritual!
   Pouco depois, ele nos surpreende ao falar em tom de intimação, assim como se estivéssemos acabado de chegar a um palácio real e fôssemos convidados pelo encarregado do Cerimonial para asentar à mesa com Sua Alteza, a Rainha:
_ A Chefe está esperando vocês para almoçar na Casa Grande.
  Ao penetrarmos naquela feia habitação de mdeira, de repente descobrimos que, diferentemente do que aparentava por fora, essa Casa Grande é grande memso por dentro dando a esquisita sensação que estica quando caminhamos por seus estreitos corredores, autênticos labirintos que podem levar a lugares surpreendentes como, por exemplo, um pequeno mas confortável quarto de dormir com cama de casal: ou a outros compartimentos que parecem grutas; ou aoa grande salão do orfanato das crianças com compridos bancos de pedra e televisão colorida no pedrestral; ou aos três refeitórios, um amplo com cinco mesas enormes e dois outros apertadíssimos num dos quais somos recepcionados pela dona da Casa Grande, aliás a própria razão de ser de tudo que existe ali, numa área de 22 alqueires:
  _ Salve Deus, meus filhos! 
No Vale do Amanhecer a expressão Salve Deus! tem um amplo significado: substitui as saudações convencionais do mundo lá fora, uma forma de dizer bom dia ou boa noite  e que também pode ser interpretado por olá, como está passando?- tudo dependendo da entonação que só não varia o timbre  sempre atencioso, valendo ainda como senha local. Mas esta demonstação de cordialidade crescia de importância quando era rponuniada por Tia Neiva em carne e osso, topete bem arrumados de cabelos pretos pintado, sombrancelhas finas taspadas em curvas altas, brincos enormes  pendurados nas orelha, olhos negros , profundos, enganosamente tímidos e, que, às vezes se escondem sob as pálpebras borradas com base escura. O vestido de seda rendada e o vistoso anel de prata na mão direita complementam a presença de uma respeitável dama que realmente não parece desta mundo, boca pequena que se abre num meio sorriso de boas vindas:
 _ Por favor, não reparem a comidinha de pobre que aqui não tem luxo

Do livro:" Memórias de um Repórter', Fernando Pinto- Comunidade Editora Tesaurus, p31 /32

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