terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tia Neiva, a Musa do Vale do Amanhecer- Fernando Pinto, parte III

 Meus irmâos em Cristo, hoje, mais uma vez, vou postar uma terceira parte da parte do livro "Memórias de um Repórter" referente ás impressões que o autor teve de nossa Mãe Clarividente, acho muito enriquecedor pois é visão de um profissional, desenvolvendo um serviço de investigação imparcial, pois o mesmo não tinha nenhuma relação com o vale do Amanhecer, nenhum interesse senão o profissional e, concluiu que Tudo  é sagrado e que "nossa Mãe" realmente era um Ser especial e iluminado. salve Deus!


                                  

    Cumprindo assim um expediente forçado sem dias de descanso, quando a respiração se tornava difícil, Tia Neiva colocava o Bird, passando então a respirar com maior facilidade. Ela usava aquele aparelhinho na madrugada em que a encontramos na Casa Grande entregando os títulos de Mestres aos novos iniciados, mas o retirou rapidamente quando Givaldo Barbosa pediu permissão para documentar fotograficamente a solenidade. Na manhã do primeiro dia em que fomos convidados para almoçar, ela também preferiu não utilizar o Bird, mesmo com sacrifício, tudo por causa do capricho de uma mulher que gostava de usar como adornos enormes brincos, penteados e anéis exóticos- santa vaidade feminina explicada pelo Primeiro mestre Sol Tumuchi, que acumulava a função de compreensivo marido:

    _ No Egito e em Roma ela sempre esteve em posição de destaque social, e era dona de uma vaidade incrível. Lá, ela aprontou cada uma...
   
 Mário sassi fixa os olhos no gravador com ar preocupado e tenta fazer um remendo sobre o que acabou de dizer:

    _ Olha, por favor, não faça como os outros repórteres que quiseram nos caracterizar como uma comunidade religiosa. Não é nada disso. Houve até um jornalista alemão (exibe a revista Geo) que escreveu que o Vale do Amanhecer era apenas o resultado do subdesenvolvimento brasileiro, apesar de Neiva ter advinhado até o apelido da namorada dele que o havia amado muito e ele  havia se esquecido dela depois de sua morte, espírito que ainda o acompanhava sem que ele estivesse vendo.
     E completa com posse professoral, como se estivesse dando uma aula sobre a doutrina local:

   _ Como grupo humano, somos exatamente iguais à sociedade lá fora, com qualidades  e defeitos inerentes, com bondades e maldades, com pecados e virtudes. Respeitamos a todos os que aqui chegam ou vivem conosco porque cada um deles é um universo de si mesmo e por si só podem decidir sobre suas vontade, não interessa que sejam circunstancialmente bandidos ou mocinhos, porque aqui neste Vale ninguém tem credencial para julgar seu semelhante. Onde fazemos questão de nos diferenciar é no plano espiritual. Aí, sim, é que fazemos questão de sermos diferentes, sem maiores compromissos com qualquer tipo de religião. E neste plano espiritual , se prepare para ver e ouvir muitas coisas, algumas de espantar os mais incrédulos.
   Na interpretação da Doutrina do vale do Amanhecer, o homem não consegue fugir de seus pecados, mesmo se cometidos em outras encarnações, quando será devidamente purificado como no caso de Tia Neiva, e também corre o risco de se perder definitivamente. esta terrível advertência, ao alcance de qualquer um, podia ser lida no pedrestral de Pai Seta Branca, materializado numa enorme estátua de pedra à porta do Templo:" Filhos! O Homem que tentar fugir de sua meta ou de juras transcedentais será devorado ou se perderá como um pássaro que tenta voar na escuridão da noite!"

     O jornalista cearense Paulo Pessoa, de 51 anos, tentou fugir de sua meta existencial, mas não conseguiu. Nascido em sobral. radicado em Brasílai e nos últimos três anos residindo no vale, ele não sente pejo em contar a um colega a sua desdita. Lépido em sua magreza, dentro de um uniforme branco, no ual está assinalado no ombro a sua respeitável categoria de Mestre Sétimo raio, conseguida depois de dar duro estudando a fundo a doutrina da corrente local:

   _ Depois de operado e desenganado por especialistas nacionais e estrangeiros que diagnosticaram um câncer no meu rim, consegui ser curado pela espirirtualidade de tia Neiva. E foi com a maior simplicidade que ela me explicou a causa do meu mal: na outra encarnação eu havia sido um padre holandês muito bonito e mulherengo, com várias amantes. Apanhado em flagrante pelo marido de uma delas, acabei dando um tiro no rim dele. Ela ainda me disse que eu não tinha câncer no rim e sim um elítrio,motivado pelo sofrimento que eu tinha causado ao tal homem, acrescentando que eu teria que trabalhar muito e  espiritualmente para pagar o que havia feito. E eu estou pagando....
     

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