quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

DÚVIDAS COM A INCORPORAÇÃO: Aconteceu comigo

  



Dificuldades e dúvidas surgiram quando fiu fazer o "teste". Lembro que estava uma linda e ensolarada manhã de domingo no dia em que ia fzer o teste para descobrir minha mediunidade e eu estava muito ansiosa. Eu fui Kardecista desde pequena (com raras passagens por outras religiões) quando minha mãe me levava ao "Centro Espírita Amor ao próximo" ou ao "Fé, Amor e Caridade; depois acompanhei minha madrinha a várias Casas Espíritas, uma vez que TODAS as suas seis filhas eram católicas, por um tempo a acompanhei por ela ser idosa e precisar de companhia, o que muito me alegrava, pois sempre me identifiquei com os principios fundamentos da doutrina. Minha madrinha foi quem me deu os primeiros livros espíritas (O Evangelho e Nosso Lar), que li várias e várias vezes, extasiada: apesar da pouca idade eu entendia e concordava com tudo! Me afastei da doutrina espírita ao me casar com um católico e passei ao catolicismo, sem, entretanto, me envolver. Depois de alguns anos, por necessidade, retornei ao Kardecismo, onde realmente me sentia bem e meu marido, após observar os ensinamentos espíritas passou a também a freguentar o Kardecismo, muitas vezes sozinho, quando os compromissos materiais me impediam. Eu sentia maior necessidade de me envolver mais nos trabalhos, grupos de estudos e resolvi que, apesar do medo eu iria desenvolver na "Casa Espírita"; porém, todas as vezes que eu me inscrevia para o grupo de desenvolvimento mediúnico, alguma coisa acontecia e não podia participar. Passei a entender que eu não tinha a missão e que não deveria insistir. Porém a vontade de ser médium  de incorporação não diminuía, me causando muito desconforto. Comecei a pensar que talvez incorporação fosse um tipo de mediunidade para "os eleitos", os mais "puros",  os " escolhidos"!
     Por esta época, eu já havia ouvido falar do " Vale do Amanhecer", na década de 80 através da rede Globo e quase fugi para lá para deixar " os problemas para trás". Não tive coragem. Também tinha ido ao Templo Narone acho que em 2005 e achei tudo muito esquisito. Porém por motivos que já relatei outras vezes comecei a freguentar o Templo Tanor , em Juiz de Fora e recebi o convite de várias Entidades Pensei" Acho que isto não vai dar em nada e aí pára este negócio de convite". No dia do teste, ao iniciar a palestra senti uma emoção muito, muito forte e não conseguia parar de chorar. Não era tristeza, nem ansiedade... não sei definir o sentimento...só sei que lágrimas caíam dos meus olhos. Como tinham outras pessoas também iniciando me senti constrangida e procurei esconder tudo que se passava. No fim da palestra senti como se uma corrente elétrica passasse pelo meu corpo. Senti medo. tanto que alguém disse que se eu tivesse medo poderia fazer o teste outro dia. Porém preferi ir em frente, já sabendo que alguma coisa ali era diferente... alguma coisa que eu não sabia o que era.. alguma força que eu desconhecia.
Começou o teste e eu tinha certeza que nada aonteceria. Me enganei. Não vou falar tudo que aconteceu porque tem coisas sobre nossa mediunidade que só nós podemos ter acesso, como se fosse uma jóia que pelo valor queremos guardar e preservar; tenho certeza de que quem passou pelo teste dentro de um Templo do Vale do Amanhecer sabe o que estou dizendo. O Mestre me olhou e disse que eu era "Apará". Eu não sabia o que aquilo queria dizse e ele me explicou que eu seria uma médium de incorporação!
   Fiquei sozinha dentro do dentro e me dirigi para perto de Pai Seta Branca. Olhei-o nos olhos. Foi como se a mesma corrente elétrica me percorrece o corpo novamente, só que mais forte. Olhei para Ele e naquele momento me senti como se estivesse ali toda a minha vida.... "Cheguei em casa!", pensei e naquele momento eu sabia que começava uma nova era em minha vida, enfim eu tinha voltado para o meu lugar!
   Começaram-se as aulas e comigo haviam mais duas ninfas em desenvolvimento, ambas Aparás. Eu me sentia mal porque achava que elas estavam  progredindo muito mais do que eu. Logo uma conseguiu dar o nome da preta velha e eu, nada!
  O  ( que sempre incluo em minhas orações) de quem tenho uma linda lembrança, pelo carinho e compromisso para nos dar um desenvolvimento adequado dentro da Doutrina e do conduta doutrinária sempre nos conduzia com muito amor e acho que isto facilitou este momento tão bonito, mas tão sofrido. Apesar de querer muito saber o nome de minha preta velha, ela não se identificava. Um dia, já estava ficando preocupada:
_ E se eu naõ incorporar nenhuma preta velha? E se tudo não for imaginação? Será que eu estou fingindo tudo porque sempre quis ser médium?
  À Noite sonhei com uma vovózinha pretinha, de cabelos brancos, roupinha branca com alguma peça azul. Ela me abraçou carinhosamente e me disse:
_ Fia, só vou entrar na sua casa se você abrir a porta.
_ Não estou entendendo o que a senhora está dizendo. Que casa ? Que porta?
_ Na hora certa você vai entender. Sou sua Mentora. Fui enviada para trabalharmos na Lei de Auxílio, não é para isto que vocês aceitou a missão? Respondeu-me.
_ Como a Senhora se chama? Perguntei
_ Sou Catarina de Aruanda, humilde serva de Jesus- Ela me respondeu tão humilde, tão doce!
   Neste momento eu acordei e corri para anotar o nome de minha vovózinha. Não contei para ningúem o que aconteceu. Algumas semanas depois, todos os iniciantes estavam emplacados... menos eu. A vovó não dava o nome. Até que um domingo o instrutor perguntou:
_ Quem se faz presente no aparelho?
_ Catarina de Aruanda, humilde serva de Nosso Senhor Jesus Cristo.
   Fiquei muito feliz, nome de minha amada Mentora na plaquinha e logo me lembrei do sonho. Não aguentava esperar a noite para chegar em casa para conferir o nome da minha Mentora. E quando li fiquei emocionada e chorei, Chorei de alegria ,porque confirmou-se que tudo que acontecia era verdadeiro e pelas bênçãos de Deus! Naquela hora entendi que a "casa' que Ela só entraria se eu deixasse, era a minha individualidade, o meu coração!
 Emplacada comecei a trabalhar nos tronos e o medo e a insegurança me maltaratavam, por causa da responsabilidade no atendimento aos pacientes, pois eu achava que não tinha condições para transmitir as mensagens que aliviariam os sofrimentos aqueles que vêm em busca de conforto espiritual. Tinha medo de falhar e errar onde mãe Clarividente nos pediu maior atenção: De que os que chegam no templo devem sair de lá acreditando mais em si mesmos."
 Sou uma pessoa difícil, geniosa, muito ansiosa e impaciente: como poderia incorporar Entidade tão amorosa, meiga e humilde? Será que eu não deixaria minha personalidade falar mais alto abafando aquela "iluminada voz direta do céu?" Será que não seria eu que falava e respondia os anseios dos pacientes?
 Um dia ouvi um Mestre falar sobre esta dúvida que é de todos os Aparás no início da missão ele disse que tivéssemos fé e confiança nos nossos Mentores, que esta insegurança passaria com o tempo e a prática. 
 Meu marido é o meu Doutrinador. excelente Mestre, dono de uma fé sólida nos Mentores, no Pai Seta Branca e na Corrente Indiana do Espaço. estamos trabalhando juntos desde que nos iniciamos na Doutrina e ele tem total confiança na "nossa " querida Vovó catarina de Aruanda, sendo que por inúmeras vezes as benditas orientações desta abnegada serva de Jesus nos ajudou e nos fez tirou de situações difíceis e até perigosas. TODOS OS DIAS SINTO A PRESENÇA´DE VOVÓ AO MEU LADO e sinto sua proteção e carinha por esta filha problemática e rebelde ( estou tentando mudar!); nestes momentos sempre peço a Deus por minha Vovó e o agradeço a oportunidade de ter chegado ao Vale do Amanhecer.
 Meus irmãos, dúvidas todos temos. Insegurança, temor... mas, temos também a certeza que os Mentores do vale do Amanhecer, trabalhadores da Luz na Seara do Cristo Jesus estão sempre a nos orientar, ainda que não guardemos lembrança destes momentos. estão sempre a nos inspirar e auxiliar em nossa missão.
 E quero lembrar as palavras de Mãe Clarividente para que guardemos em nossos corações nas horas difíceis de nossas missões, para que estas palavras cravem em nossos corações e ali permaneçam para que a recordamos sempre que necessário:
" Observas bem o que fazer do tempo, do teu tempo, do teu sacerdócio. de tua missão, e nele procura impregnar todo o teu AMOR, o que puderes da perfeição da tua conduta emitindo e comnicando a DOUTRINA que te foi confiada, para não perderes qualquer afeto na fronteira da morte!" Tia Neiva,12.12.78)
 Salve Deus! 
Amados, neste momento muitos podem estar vivendo momentos de dúvidas e insegurança e estas postagens tem o objetivo que estes não são os únicos... mas, que com amor é possível cumprir a missão e assim ser úteis ao nosso Divino Mestre emanando com humildade o conforto para os mais necessitados. Importa não comparar a mediunidade com a de outros: cada mediunidade é única; todos têm um Sol Interior que pode brilhar cada vez mais! O que vale realmente é a vontade de trabalhar incansavelmente, incessantemente! Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

2 comentários:

  1. Muito emocionante sua estória, sou médium em desenvolvimento e tenho todas essas inseguranças, bom saber que elas são comuns entre nós e superáveis!!

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  2. Muito bom seu testemunho. Me identifiquei muito. Sou de Juiz de Fora também é sempre frequentei o Kardecismo. Porém sentia vontade de trabalhar, + não me identificava. Até que um dia fui apresentada a um terreiro de umbanda. Lá comecei a frequentar, a estudar e desenvolver, posso dizer que me encontrei. Hoje sou uma médium em desenvolvimento e tenho tantas dúvidas também... Minha vovó ainda não deu nome, às vezes acho que deu, + não tenho certeza. Obrigada pelas palavras.

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