quinta-feira, 3 de março de 2011

Aconteceu no trono vermelho (história verídica)

  Salve Deus, ninfa, pode atender uma paciente no trono?

     Esta foi a pergunta que a ninfa ouviu quando, durante um dia de Retiro, se encontrava sentada num banquinho perto do castelo do Silêncio. Estava ali, absorta, há minutos pensando em tantos problemas que tinha urgência em resolver; por um tempo, a preocupação ficara mais forte do que a sintonia espiritual que a mantivera até aquela hora. Com um "Salve Deus", a ninfa,  dirigiu-se ao trono para o trabalho espiritual. O Doutrinador que se apresentou para o trabalho não conhecia a ninfa e tampoco a ninfa o conhecia, eram de templos diversos e ali, trazidos, cada qual de seu destino, pela espiritualidade, pois NADA NO VALE DO AMANHECER acontece por acaso.
     Ainda a caminho do trono, o Doutrinador também remoía seus problemas. Eram muitos e de certa gravidade.
     Já acomodados no trono, sem qualquer palavra, se harmonizaram e feito o convite, a Mentora se apresentou e teve início o atendimento. A última paciente a buscar a " Voz Direta do Céu" para diminuir suas dores era uma senhora muito simples. A preta velha então contou a seguinte história:
       "Uma mulher havia ganhado uma linda rosa, muito cheirosa, tendo por isto ficado muito feliz. A muler carregava a rosa com muito cuidado por causa de sua fragilidade. mas, em dado momento, a rosa, que tinha alguns espinhos espetou a mão da mulher, causando-lhe dor. A mulher aborrecida com o ferimento, esqueceu-se, na mesma hora do perfume e beleza da rosa."
 A paciente, tão logo pode falar com a Preta Velha,  começou a reclamar de tudo em sua vida. A Preta velha ouvia com muito amor, e a cada reclamação dizia:
  _ Graças a Deus, né fia?
 Após algum tempo, a mulher parou de reclamar, certamente esperando que a Entidade lhe desse razão ou lhe "retirasse" todo o sofrimento que pensava ter. Neste momento a Preta Velha, disse:
  _ È, filha, por isto Vovò contou a história da rosa com a mulher para a filha e parece que a filha não entendeu a história. Minha filha, a vida é como uma rosa, é bonita, perfumada e nos faz muito felizes, mas, assim como a rosa, a vida tem seus espinhos, suas dificuldades. Nós temos que carregar a vida como quem tem uma rosa, tomando cuidado para não se ferir e mesmo ferido, não esquecer, por causa da dor, a beleza e perfume. lembre-se, a rosa não é o espinho; mas a rosa sem espinho não seria a rosa.
 Filha, você tem uma bela rosa e está olhando só os espinhos. Por isto está achando tão difícil. Pense. pense, nas coisas boas que você tem, sua família, sua casa. Veja a beleza de sua vida. Pense. lembre-se do que é bom.
A paciente foi mudando o semblante e, de triste e deseperada, ficou tranquila com um sorriso nos lábios. Ela esqueceu do espinho e estava admirando a rosa.
No encerramento do trabalho, o Doutrinador estava muito emocionado e dirigiu-se à ninfa pela primeira vez e disse:
_ Como os Pretos Velhos de Luz são maravilhosos, Ninfa! Que lição mais maravilhosa! Sabe, ninfa, esta comunicação foi também para mim! Estava tão preocupado com minha vida! E contou a história da rosa para a Ninfa, como se quissesse guardá-la na mente.
A Ninfa lembrando-se que há pouco tempo atrás perdia tempo pensando em "seus espinhos" resolveu fazer a mesma coisa  aconselhada para a paciente e viu que tinha uma linda, uma maravilhosa rosa nas mãos.
Todos os envolvidos saíram do trabalho realizados e um pouquinho mais esclarecidos. Salve Deus!

Meus amados, embora este fato tenha realmente ocorrido em um templo do Amanhecer, omito os nomes do Doutrinador e da Ninfa, por serem desnecessários. Também não falo o nome da Preta Velha pois sei que o nome da entidade não faz qualquer diferença; TODOS trabalham para a Lei de Auxílio, sem qualquer desejo de reconhecimento.
Peço desculpas por não saber escrever a mensagem da Preta Velha em seu linguajar brejeiro e singelo, pois tenho receio de ficar uma coisa caricata, por isto usei a linguagem que uso, que usamos no dia a dia.






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