quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Vida num cemitério: aconteceu comigo.



Quando minha mãe desencarnou pude constatar a realidade da vida no cemitério; não com tanta riqueza de detalhes como pode verificar Mãe Clarividente, porque não passo de um grão de pó na sandália da Clarividente.Até acho que o que aconteceu foi possível por eu estar exauta, pois estive em outros velórios e jamais vi nada!

Mamãe, não parecia estar tão doente, quando chamei o Resgate naquela noite de 23 de setembro de 2009, parecia apenas estar enfraquecida e desidratada, nada que um soro e alimentação não pudesse resolver. Porém, ao chegar no hospital, fiquei sabendo que não poderia retornar á minha casa e teria que ficar de acompanhante pois ela poderia parar de respirar a qualquer momento e não tinham funcionários suficientes para observá-la. O certo é que fiquei ao seu lado, durante 4 dias, permanecendo em pé para melhor observar a respiração, sentando por breves espaços de 5 minutos, retornando a posição de pé,

Durante todo o tempo que fiquei no hospital fiquei com minha fita de jaguar e de tempos em tempos fazia a Prece do Simiromba ou o Pai Nosso. Mamãe, católica, parecia dormir tranquilamente, sem acordar, demonstrando pouco contato comigo, a não ser pequnos sorrisos e piscadas de olhos. Para confortá-la falava do amor de Deus, da Doutrina de Jesus, de maria, mãe de jesus e para não aborrecê-la, me limitava a cantar o mantra " Jesus de amor" e " Ave Maria', além de ler partes da Bíblia que sabia a confortaria. Às vezes, fazendo breve harmonização, pedia a presença, em nome de Deus, do meu médico de cura, DR. HANS e sem incorporar, impunha as mãos sobre mamãe, momentos que percebia um grande calor em minhas mãos e percebia que ela respirava mais tranquilamente.

Na tarde de 27/09, percebi um melhora em minha mãe; porém, ao ler a Bíblia e rezar o pai Nosso percebi que ela estava bem mais disposta, e embora de olhos fechados não parecia dormir. Fiquei tranquila; porém, poucos minutos depois ela faleceu, tranquilamente e acho que até feliz, pelo seu semblante.

Apesar de ter conhecimento da vida espiritual, confesso que meu egoísmo me fez desesperar e me afastei para chorar... e muito... Depois me acalmei, lembrando que sempre pedia a Deus a graça de estar do lado de mamãe na hora de sua morte, porque ela tinha muito medso de morrer e como ela gostava de viver sózinha, ficávamos semanas sem vê-la e eu temia que ela morresse sozinha e que só viesse a ser descoberta dias depois, como de vez em quando vemos noticiado na mídia. Comecei aquela roda viva de providenciar tudo que devia ser providenciado, para o velório e sepultamento, inclusive a vestimenta da Irmandade de Carmelita e o terço para colocar em suas mãos , como ela queria.

Estava exausta mas, precisava ir para o cemitério para que o corpo de minha mãe não ficasse só na capela. Ao chegarmos eu e meu marido, fizemos a prece do Simiromba e o mantra Universal e nos assentamos de frente para a porta da capela porque eu esperava a minha filha que também queria passar a noite conosco, vinda de sua casa que fica em um bairro distante cerca de 1 hora de ônibus do Cemitério Municipal, onde estava o corpo.

Lembro-me que havia mais um corpo sendo velado noutra capela do outro lado. E também me lembro que estava de olhos fechados, porque não queria me desarmonizar observando o lugar, e acabava cochilando, vencida pelo sono e cansaço, então abria os olhos e procurava ver o lado de fora, onde havia carros estacionados e vi que a cantina ainda esta aberta. Olhei as hora e era quase meia noite.

Foi neste momento que comecei a preceber uma estranha movimentação perto da cantina, perto dos carros. Vi que passou uma pessoa para o lado da cantina mas, na hora de voltar voltaram várias pessoas. Achei normal. depois observei que um grupo dirigiu-se para a cantina, sendo que uma pessoa passou bem à frente e os outros, passaram mais atrás, perto de onde ficam vários túmulos tipo"gavetas". Achei normal. Porém, coloquei meus óculos e observando mais atentamente, porque achei que tinha gente demais andando áquela hora, comecei a perceber que nem tudo era normal. Vi que os encarnados tinham uma "constituição" física de cores mais visíveis e os outros seres, que iam e vinham eram mais "descoloridos", tudo era tranquilo, como fazemos nas ruas : uns indo outros vindo, uns desviando;os encarnados andavam mais rápidos. Depois notei que ás vezes os seres apresentavam todo o corpo, mas, a medida que andavam, ou a parte da cintura para cima ou da cintura para baixo parecia" sumir" embora eles continuassem a nadar. Alguns tinham "apagado" somente do peito para cima e via suas pernas movimentando normalmente. pareciam que se dirigiam a lugares diferentes e neste meio, sem perceber andavam os desencarnados para ir ou voltar da cantina. Isto durou pouco tempo porque fechei os olhos e me concentrei a fazer preces e orações, pedindo a ajuda de meus mentores, porque estava quase morta de medo!( acreditam?)

Só abri meus olhos quando chegaram duas ninfas, nossas amigas que vieram nos dar conforto. Eram quase duas horas da madrugada. Logo em seguida minha filha também chegou. perecbi que tinha dormido, a cantina tinha fechado, outro corpo tinha chegado na capela ao lado. Eu não disse nada para ninguém sobre o que vi. Naquela noite nada de anormal aconteceu a não ser um senhor, bêbado, que confundiu minha mãe com alguém que ele conhecia e resolveu ficar ao lado do caixão.

Entretanto, a experiência valeu porque entendi que nem tudo no cemitério é tranquilidade, que muitos que ali estão agem como se tivessem interesses neste plano, eu ainda não tinha lido as historias de Mãe Clarividente sobre o assunto. Posteriormente, com a leitura de "A vida num cemitério" e outros casos entendi o vi na noite do velório de mamãe.

Também pensei do medo quase incontrolável que senti estando sentada ao lado de meu marido numa sala iluminada, com outras pessoas relativamente próximas que também velavam um recém desencarnado e na força espiritual de Mãe Clarividente ao experimentar os acontecimentos junto com pai João no cemitério onde aconteceram os fatos relatatos no Livro " Sob os olhos da Clarividente"... È meus irmãos, clarividência é para quem pode, para quem foi escolhido por Deus e não para qualquer um que pretende se dizer clarividente!

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