1- Infra-estrutra Crísitica
" Onde houver duas ou mais pessoas reunidas em meu nome, eu estarei entre elas em espírito e verdade"( Mateus, 18/20).
essa promessa do Mestre Jesus, repetida antes de qualquer trabalho mediúnico é a melhor forma de garantir para ele a assistência dos espíritos superiores. essa frase evangélica pode ser repetida em todos os quadrantes do Globo, em qualquer língua pois dificilmente o seu sentido pode ser deturpado.
O Mestre Jesus representa, no atual Ciclo de Peixes, o Cristo atuante, a manifestação sensível de Deus nos seres humanos. Pouco importa se a apresentação se faz em termos de Budismo, Induísmo, Catolicismo ou outras roupagens religiosas. A presença Crísitica se evidencia através de fatores que são comuns e inconfundíveis a todo espírito, encarnado na Terra ou em outras condições nas suas imediações.
Toda a religião, doutrina, iniciação, ciência oculta, conhecida ou não da atual humanidade, esotérica ou exotérica, se caracterizará como Crística, se a atitude fundamental que sugerir puder se resumir em três palavras: Amor, Humildade e Tolerância.
para se compreender amplamente esse fato deve-se notar, que a presença Crística não é manifesta apenas em termos de doutrina verbalizada ou escrita, mas, sim, na determinação de uma atitude básica de comportamento global, que envolve todos os aspectos da vivência humana.
O Mestre Jesus foi o executor de um plano sistemático, que envolveu toda uma etapa evolutiva da Humanidade, compreendendo um período de 2.000 anos. esse sistema abrange todos os aspectos concebíveis do ser humano e visa dar, essencialmente a cada espírito, a mais completa oportunidade evolutiva.
O Cristo de Peixes é do Carma e seu símbolo máximo é a estrela de seis pontas, dois triângulos equiláteros sobrepostos em posição inversa, que representam a evolução e a involução.
carma significa o pagamento de dívidas anteriores, liquidação de débitos. Por isto a figura de Jesus aparece como o redentor, o Salvador, o amigo que ajuda a pagar nossas dívidas. Com essa premissa o sistema se apresenta como algo intermediário entre duas situações.
Esse é o fato básico do Mediunismo, o ser humano colocado na posição intermediária entre as forças superiores e os que o cercam ( amor ao próximo), submetendo-se às determinações do mundo espiritual( humildade diante de Deus) e aceitando os ditames da sua posição cármica ( tolerância).
Concluis-e que a base prática do Mediunismo, é a manipulação do fenômeno mediúnico em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
2) A motivação
A mais sã motivação para que um grupo de pessoas se reúna na prática do Mediunismo, é a admissão honesta da existência do fenômeno.
A vida humana é o constante equacionamento de problemas físicos, psicológicos e espirituais, desde que se evidencie que os problemas espirituais não são necessariamente problemas religiosos.
essa sutil distinção entre as inquietações do espírito, e o fato puramente psicológico de pertencer ou não a uma religião, deve ser buscada em termos individuais.
religião é um modelo de comportamento, e o fato de um indivíduo não se ajustar a um padrão determinado, não é problema espiritual apenas social, psicológico. religiões representam épocas, latitudes e longitudes de maior ou menor extensão e profundidade, variando, portanto no tempo e no espaço; o ser humano é basicamente sempre o mesmo.
Inquietações espirituais são os estímulos desconhecidos da personalidade, os fatos estranhos ao previsível de cada um, os anseios desconhecidos, os sonhos secretos, as dores inconsoláveis, as sensações de abandono, coisas essas que só o indivíduo pode saber de si mesmo.
Ao chegar o momento em que essas coisas se tornam prementes, a ponto de alterarem o comportamento físico ou psicológico, o indivíduo está pronto para o Mediunismo.
Sem dúvida existem outras motivações para o ingresso num grupo mediúnico ou a procura de organizar outro. Mas a pessoa só permanece ou o grupo obtém sucesso quando os motivos são fortes. A pesquisa ou a curiosidade não são suficientes pois puramente psicológicos. Também não adiantem as provas e os testes porque são sempre exteriores ao indivíduo.
para que uma pessoa procure o Mediunismo ou pense em organizar um grupo mediúnico é preciso que ela tenha sentido o fenômeno em si mesma, o admita por experiência própria, individual. E quem neste mundo já não teve alguma experiência nesse sentido?
3) O grupo social
A mediunidade é uma manifestação essencialmente individual, porém com características comuns a todos os seres humanos. essa exteriorização comum , permite que quaisquer pessoas possam se reunir para formar um grupo mediúnico, independente da aculturação social ou intelectual.
Um conjunto mediúnico ideal é o que se compõe de pessoas com aspirações espirituais comuns e não por motivações sociais. A padronização de um corpo mediúnico se faz em termos de ideais transcedentes mas não personalísticos.
Compreensão espiritual não é o mesmo que compreensão social. Isso porque um espírito evoluído pode habitar um ser humano qualquer que seja a sua posição social e o mesmo pode acontecer com um espírito involuído, atrasado. posição social nada tem a ver com posição espiritual.
Embora seja natural a aglutinação das pessoas de interesses comuns, emtermos de posicionamento social, formando grupos harmônicos culturalmente, misso pouco benefício traz para o exercício evangélico.
ao contrário, o perfeito entendimento psicológico, e a concordância de todos em torno de tudo, reforçam as relações horizontais e provocam constante transformação na forma. isso não dá lugar à alimentação vertical que vem do espírito, não traz criatividade, nada acontece de original. Como decorrência normal dessa situação nasce a exclusão e o sectarismo.
Concluis-e daí que a escolha dos que irão se constituir em grupo mediúnico deve ser feita em termos de Mediunidade e não de personalidade. A figura do Medium deve excluir completamente a da pessoa. Pouco importa se a pessoa é boa ou má, bonita ou feia, pobre ou rica. Importa isso sim se ela manifestar sua mediunidade e o exercício dessa qualidade produzir o efeito desejado, se ela cura, alivia e consola enquanto está mediunizada.
O comportamento só deve ser preconizado para o Medium como participante do coonjunto. O que ele faz ou deixa de fazer fora do trabalho mediúnico é de sua alçada e o grupo nada tem a ver com isso.
Ninguém se torna melhor ou pior porque se ache que assim deva ser, ninguém modifica ninguém. Mas, no exercício constante da mediunidade, no contato regular que o Medium tem com seu próprio espírito ele se modifica efetivamente, de dentro para fora. Nenhuma pessoa se torna boa Medium porque é boa. Quase sempre essas pessoas se tornam bons organizadores, solícitos e serviçais , mas, raramente bons Médiuns.
De modo geral o candidato a Bom Medium é aquele sofrido, maltratado pela vida e que já experimentou altos e baixos de sua existência. Esse está em melhor condições de perceber a autenticidade e de realizar através da mediunidade. A herectogenidade do grupo proporciona muito mais oportunidades aos participantes, de exercer sua tolerância, sua humildade e seu amor.
4) A identificação da missão
Todo o ser humano está ligado a dois tipos de família: a família da presente encarnação, geralmente ligada pelos laços cármicos, feita por acordo mútuo antes dessa encarnação, e a família espiritual formada por espíritos afinados na sua origem remota e transcedente.
Durante a encarnação os espíritos ficam submissos às personalidades e se ajustam por elas. A família é uma luta de personalidades na qual as pessoas se amam ou se odeiam de acordo com os reajustes que elas mesmas programaram. Quando porém o ser humano começa a exercer conscientemente a sua mediunidade, os estímulos do seu espírito vão superando os da sua personalidade e isso ameniza os reajustes, diminuindo os choques.
Na proporção que isso acontece diminuem os atritos e o espírito liberto da sua luta procura sintonizar-se com suas tarefas, geralmente fora de sua família atual. Assim vão se encontrando os velhos companheiros de luta que se aglutinam em torno de seus ideais, de seus hábitos, de suas especializações transcedentais. Aos poucos o grupo assim formado, mesmo que socialmente haja as maiores diferenças, vai identificando a missão, sabendo tranquilamente o que tem a fazer. Só esse encontro produz a originalidade na obra realizadora. Quando os espíritos de um grupo mediúnico não são afinados transcedentalmente, a missão se torna indefinida e insegura.
Naturalmente é quase impossível um grupo ser composto apenas por espíritos afinados, mesmo porque esse fato só é verificado depois de certo tempo de convivência. Mas essa preocupação se torna válida quando se observa no mesmo grupo a formação de subgrupos que se afinam m ais. Nesse caso podem surgir missões diferentes no mesmo programa., da mesma forma que falanges diferentes de espíritos trabalham na mesma humanidade. Mas sempre é conveniente a definição da missão,m em termos de especializações mediúnicas ou vocacionais, que possam caracterizar aquela falange de mediuns.
5) Posição sócio-econômica:
Essa é a fronteira e linha demarcatória entre o Mediunismo e as práticas anímicas, as religiões formais e entre o que é humano e o que é divino. A força mediúnica só é criativa e benéfica para o progresso do espírito integrante do sistema Crístico, sob a égide do Evangelho.
A vida humana, em termos físicos e psicológicos, funciona em torno de produção e dispêndio de energias que, em última análise se traduz em sistemas econômicos. A vida mediúnica não depende de energias físicas ou psicológicas. Ao contrário, o mecanismo mediúnico equilibrado é uma fonte de energias. mesmo a produção do ectoplasma humano, que é um processo fisiológico, é tão sutil em relação ao mundo´físico, que as energias dispendidas quase não afetam o equilíbrio normal do organismo.
Como atividade, trabalho-hora, dificilmente existe uma tarefa mediúnica que possa prejudicar o ganha pão normal de uma pessoa.O ambiente físico e o pouco necessário para o ritualismo mediúnico raramente são de monta a afetar a economia. Conclui-se então que o exercício da mediunidade nada custa a ninguém.
Não há portanto razão alguma para que haja qualquer tipo de cobrança em torno da vida mediúnica. Não há custo, não há dispêndio, e, por essas razões, o mediunismo não exclui pessoas alguma por motivos de ordem sócio-econômica. Quanto mais humildes e simples for o grupo melhores serão os resultados. Com isso observado estaremos mais enquadrados nas palavras de Jesus"dai de graça o que de graça recebestes".
6- O preparo dos Mediuns
Os conhecimentos básicos do mediunismo, a disposição para agir nos princípios Crísticos e a necessidade de realização são as condições necessárias para o trabalho mediúnico. O que for melhor em termos de posicionamento sócio-cultural deve ocupar a liderança.Mas deve-se atentar para dois fatores importantes: o "meljor" é aquele que se dispõe servir desinteressadamente e o padrão de referência tem que ser local, de acordo com o meio onde o trabalho irá se realizar.
O escolhido deverá examinar os problemas da comunidade e fazer uma síntese dos mais constantes e característicos. De acordo com esse exame inicial é que pode ser orientado o tipo de trabalho a ser realizado.
Depois começa o desenvolvimento dos Médiuns. Não é preciso procurar aqueles que já tenham experiências mediúnicas. È preferível que os próprios candidatos revelem suas mediunidades. Se observadas as coisas fundamentais do mediunismo as vocações se revelam logo. O responsável cuidado que o responsável deve etr, é com as comunicações mediúnicas que irão surgir inevitavelmente. È preciso sempre ser lembrado que a comunicação nunca é isenta da personalidade do Medium. A direção dos trabalhos de ser esmpre de um Doutrinador e compete a ele julgar as comunicações, aproveitando as que correspondem objetivamente ao trabalho.
Deixem que os Médiuns se revelem e se desenvolval com certa liberdade. Procurem somente prestar-lhes assistência dando uniformidade na forma, principalmente aos que incorporam. Aprendam a distinguir o Doutrinador do Incorporador a fim de que não haja desenvolvimentos errados.
Depois de ecrto tempo de experiência com o grupo, faça pequenas reuniões informais para que todos possam ser ouvidos. Quando o grupo se sentir seguro comece o atendimento de pacientes.
7) O ambiente e o ritual
os fatores mediúnicos são sempre presentes em tgodos os ambientes, onde haja pessoas reunidas. Para um trabalho deliberado qualquer aposento serve, desde que fique reservado para esse fim, devido a impregnação. U'a mesa e algumas cadeiras são o suficiente. Com o desenvolvimento e o aumento natural dos participantes o aposento dará lugar ao templo, de acordo com o meio social e o conhecimento iniciático do grupo.
cada falange de espíritos tem o seu próprio sistema, por isso deve ser evitada a imposição de um determinado ritual. Deixem que os Mentores o determinem. procurem apenas simplificar o problema evitando agregar hábitos doutrinários ou religiosos de outros grupos.também não se preocupem se o ritual que irá nescer se parecede outros grupos. existe um ritual básico do Cristianismoque é comum a qualquer grupo. Por exemplo, a estrela de seis pontas é um símbolo iniciático universal do carma. A cruz sempre representou o ser humano encarnado. A água sempre sempre foi o veículo de cura. O defumador não pertence a religião alguma em particular. È assim por diante, desde os cantos, música ambiente, cores, uniformes e etc...
8)- A liderança
Esse é o ponto crítico do tabalho mediúnico. Ele só irá inspirar confiança se a liderança for exercida por um Doutrinador secundado por outros Doutrinadores.
Entendemos aqui por liderança toda a orientação do grupo mediúnico nos aspectos fundamentais, a saber:
a)_ Doutrina ou conjunto doutrinário;
b)- finalidade específica dop grupo; e
c)- a filosofia do comportamento.
A Doutrina básica do Mediunismo é a Reencarnação. A partir dessa premissã o líder seleciona os aspectos que mais se apropriem às finalidades específicas do grupo, de acordo com a média do padrão cultural ambiente. Na medida do possível, esse conjunto doutrinário deve ser do conhecimento de todos os Médiuns, principalmente os Doutrinadores.
A finalidade básica de um trabalho mediúnico é o reequilíbrio dos seres humanos. Os médiuns formam o grupo que irão se reequilibrarpela mediunidade; os clientes, eplo atendimento dos Médiuns. Requilibrar significa reajustar uma pessoa à sua faica cármica, de acordo com o grau de evolução alcançado pelo seu espírito.
O líder deve estabelecer a filosofia a ser seguida pelo grupo cuja é considerar o participante pela sua mediunidade e o cliente pela sua necessidade. O respeito ao livre arbítrio é a única atitude compatível com o Sistema Crístico. Não julgar para não ser julgado é a melhor forma dedar oportunidade a todos indistintamente.
O cliente ou Médium em potencial deverá ser sempre atendido, qualquer que seja a sua posição social. Por pior que seja a sua moral, depois de ser atendido ele não fica devendo nada ao grupo. Ninguém assume obrigação alguma com o grupo, nem mesmo doutrinária. O grupo porém tem obrigação com as pessoas.
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